UFSCAR-UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SÃO CARLOS
DED – DEPARTAMENTO DE
EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
GESTÃO ESCOLAR
NOME DA CURSISTA: Eliana da Costa
Caffer Markies
TURMA: Grupo 1 PÓLO: AT8 São Carlos
AT9.PV-terceira seção do TCC
Neste último capitulo tentarei resgatar a trajetória deste curso desde o momento da
seleção até a produção do TCC, contemplando a aproximação com a comunidade
escolar, a formação profissional em
serviço e a relaboração de nosso Projeto Político Pedagógico.
Quando
me interessei por este curso, foi pelo fato de já ter feito os dois módulos do
curso de Conselhos escolares, pela UFSCAR e ter visto este curso da Escola de
Gestores que muito me chamou a atenção
por vir de encontro com meus interesses de estar sempre tentando melhorar
profissionalmente. Na verdade pensei que o curso fosse somente EAD, não sabia
que teríamos encontros presenciais e também optei pelo Pólo de São Carlos por
desconhecer que poderia fazer em outro Pólo mais próximo de Lins, onde resido.
Também
tinha preenchido uma ficha de inscrição dentro do projeto Mais Educação do
governo Federal, que atende escolas com baixo índice de IDEB, me interessando
como gestora para fazer o curso de especialização na área de gestão escolar
oferecido pela Escola de Gestores, enfim o mais importante é consegui faze este
curso e que ele acrescentou em muito nos meus conhecimentos e na minha prática
enquanto gestora.
Ao
iniciar o curso pude entender que na verdade não fui a escolhida para o curso e
sim a escola a qual sou gestora é que foi a escolhida.
Esta
é a terceira pós-graduação que faço na área de Gestão Escolar, na verdade meu
maior desejo era fazer um mestrado nesta área, mas ainda não tive a
oportunidade. Sou gestora efetiva (concurso público) a doze anos e nesta escola onde estou hoje vim removida em 2010,
assim são cinco anos mas que na verdade conto como se fosse mais pois nela
estudei do 1º a 8ª série. Depois voltei como professora alfabetizadora por 10
anos e hoje tenho a oportunidade de junto com meus colegas de trabalho, atender
ex alunos que hoje já tem filhos ali estudando, comunidade escolar,
funcionários e assim posso estar ali continuando uma história que também não
terminará comigo. Muitos colegas de trabalho consideram a escola onde são diretores
como sua propriedade, lugar onde desenvolvem uma relação de poder, mas vejo a
escola como eu estando ali, como uma situação do presente, que mudou em alguns
momentos de minha vida (como aluna , professor e gestora) e que somo e divido
relações e decisões com toda comunidade sempre pensando no melhor e o melhor
para mim e oferecer aos alunos uma educação de qualidade para todos.
No
primeiro encontro que tivemos neste curso nos foi colocado de uma maneira
bastante clara que não era eu a escolhida para o curso e sim a escola onde eu
era a gestora. Assim pude entender
melhor a relação que teria entre a aprendizagem e a prática e como a aplicação
dos conhecimentos deveria provocar uma transformação prática e real no meu
objeto de estudo ou seja a escola Minervina. Logo de inicio tivemos que optar
por um eixo de estudo, me lembro bem que fiz uma reunião com professores e
membros do Conselho escolar, passei um vídeo sobre a proposta pedagógica “O
projeto político-pedagógico e a gestão democrática - Vasco Moretto – YouTube” e após
mostrarmos a nossa os presentes optaram pela escolha da relaboração da
mesma que já tínhamos pois ela tinha caracterização, visão, missão escolar,
atendimento pedagógico, projeto, formas de avaliação e condução dos colegiados,
formação em serviço, quadro de alunos, funcionários etc
Como
já citei em outros momentos, sou gestora de uma escola de tempo integral ou
seja, um escola que vê o aluno com uma formação integral onde eles entram as 7
hs tem aulas regulares como as demais escolas, as 11hs saem para o almoço e
ficam no pátio até as 12h15min. quando retornam para as aulas das oficinas que
acontecem no pátio ou na própria sala de aula. As aulas das oficinas são de
reforço de português, matemática, inglês, informática, Ed. Física e sustentabilidade.
A saída é as 14h45 min. Analisando esta grade pensamos que os nossos alunos
deveriam ter um desempenho superior as
demais escolas que tem apenas aulas regulares mas na realidade isto não
acontece. Assim todas as nossas
discussões e reflexões solicitadas nas tarefas desta especialização sempre
giraram em torno deste foco. “Como melhorar o desempenho pedagógico de nossos
alunos?”.
Como
também já citei a comunidade escolheu reelaborar a proposta pedagógica e o
curso nos deu uma base de inicio quando trabalhou o diagnóstico e caracterização
do município, do Bairro e da escola e eu
que já acompanhei esta escola em vários momentos entendi também muito esta
mudança pois quando fui aluna ela atendia a poucos pois na década de 70 e 80
não tínhamos a universalização do ensino como temos hoje. Quando retornei como
professora a escola ainda era considerada uma das melhores da cidade.
Em 2010, quando retornei como gestora encontrei
uma realidade muito diferente. A escola passou a ser uma escola de Tempo
integral em 2006, passou a atender uma clientela de alunos que necessitam deste
atendimento integral já que os pais trabalhavam fora, eram crianças que ficavam
na rua, sem acompanhamento direto dos pais, os melhores alunos ou os que os
pais acompanhavam os estudos não aceitaram o período integral e passaram a
pedir transferência, assim ficávamos sempre com os que tinham mais dificuldade.
Quanto ao corpo docente também trocava muito anualmente o que dificultava
cumprir um projeto ou estabelecer um planejamento e formação a longo prazo.
Quanto ao bairro e o pessoal atendido também tinha mudado e muito. Nosso bairro
agora não tinha mais crianças e estávamos atendendo a parte periférica do
bairro. Tínhamos comunidades formadas por catadores de material reciclável,
serventes de pedreiro, domésticas, funcionários de uma Usina e Frigorífico
local.
Daí
a importância em se fazer um diagnóstico e caracterização real da cidade,
bairro e escola. Inclusive a partir disto podemos detectar serviços de
atendimento público proporcionado no bairro ou na cidade.
A
partir do momento que retornei fiz uma análise e diagnóstico desta situação que
tínhamos e as potencialidades também.
Comecei
com o propósito de fazer junto com minha equipe um trabalho diferenciado.
Aberta a ouvir e atender a comunidade fomos juntos traçando metas e estratégias
para melhorar a realidade que tínhamos.
Considero
que a informação é uma grande aliada, a comunidade tinha uma visão que as
crianças na escola integral ficavam ociosas a tarde ou faziam apenas o que
queriam e não era isto que acontecia. Passamos a divulgar mais as atividades
que aconteciam na escola, convidando os pais para conhecer e participar.
Abrimos um projeto da mãe voluntária que funciona assim: as mães que podem vir
durante o intervalo do almoço participam
olhando e orientando as crianças e eu aproveitava sempre as que viam reclamar
do tempo integral , convidando-a para serem mais uma a nos ajudar. E pouco a
pouco esta idéia contaminou e se tornou um projeto forte de nossa Proposta pedagógica
pois estes pais tornaram-se aliados contando para os demais e para toda
comunidade o que acontecia ali dentro. Até hoje pais que são voluntários fazem
parte do Conselho, da APM, acompanham reuniões de planejamento e isto nos
enriquece pois eles trazem para a escola o que ouvem fora, se tornaram nossos
parceiros e deles já saíram várias
idéias que melhoraram em muito a estrutura da escola como lugar de entrada de
alunos, escolha de zelador, compra de materiais, voluntários em pequenos
reparos, discussão de calendário, atividades culturais e num outro detalhe
aprendido neste curso e dos Conselhos escolares (UFSCAR) foi nas discussões
pedagógicas pois passamos a acrescentar discussões de cunho de planejamento
pedagógico em nossas reuniões.
Para
estimulá-los fazemos a apresentação dos que entram para a equipe, batemos
palmas para o filho e a mãe voluntária,
damos uma camiseta diferenciada e muitos vem agradecer a oportunidade de
estar ali inclusive colocando que mudaram a visão que tinham do funcionamento
da escola a partir deste acompanhamento.
Outra
ação nossa foi visitar as EMEIs que repassavam os alunos para nós para explicar
o funcionamento da escola de Tempo Integral, pois quando lançavam as listas dos
alunos para nossa escola os pais já começavam a pedir transferência antes mesmo
de conhecer a escola apenas pelo fato de ser integral.
Alinhado
a isto também reavaliamos nossa prática durante o intervalo do almoço que era
onde aconteciam mais problemas com brigas, acidentes etc. Compramos mais jogos
e brinquedos, bancos e mesinhas, mesa de pimbolim, quadro mural de avisos
orientamos nossos inspetores para que todos estivessem no pátio e atentos as
necessidades das crianças, trocamos o
sinal por música, organizamos a entrada de alunos, som etc isto na parte
estrutural. Na parte pedagógica o acompanhamento das aulas e projetos foram
intensificados, ajustando-os as necessidades de se atender o currículo do
estado de São Paulo que é o PLE (Programa Ler e Escrever) e EMAI.
Implantamos
também uma agenda própria da escola onde colocamos a síntese de nossa proposta
pedagógica, caracterização da nossa escola e da equipe gestora, calendário
escolar, perfil do aluno atendido e é nela que passamos todos os comunicados da
escola e que os pais também passam as informações necessárias ao professores.
Um outro
ponto foi uma parceria com a prefeitura, abrimos a escola para atender o
projeto “escola aberta” onde professores de educação dão treinamento de vôlei e futsal após as aulas
ou seja os pais que saem mais tarde deixam seus filhos com atendimento até as
17 hs.
Completando
a escola Minervina atende 300 alunos do ciclo I do ensino fundamental, do 1º ao
5º ano. Temos cerca de 35 professores e destes apenas 6 são efetivos os demais
são estáveis (categoria F) e contratados por tempo determinado. Os professores
que dão aulas nas oficinas são na sua maioria escolhidos por perfil e análise
de currículo mas atualmente passamos por um período de pouca oferta de pessoal
habilitado para a docência o que torna mais difícil nossas escolhas, diante
disto investimos na formação em serrviço.
Bem
tentei passar um pouco da realidade da escola Minervina para entendermos nosso
plano de intervenção que foi centrado e baseado também em nossas avaliações
externas que até o ano passado nos colocavam num IDESP (índice de
desenvolvimento da educação do estado de São Paulo) muito baixo. Nossos alunos
sabiam apenas o básico que deveriam saber das expectativas esperadas para a
série de cada um. Em reunião de escolha de Plano de intervenção a coordenadora
colocou nossa deficiência na fluência leitora, produção de texto e resolução de
situações problemas e que todas indicavam que deveríamos investir em
projetos de leitura para trabalhar a interpretação com nossos alunos, estimular os professores a relacionar os
conteúdos estudados fazendo também a relação com as oficinas, formação dos
professores em ATPCs, maior envolvimento dos pais nas questões pedagógicas e na
aprendizagem dos filhos, alfabetizar todos os alunos até o 3º ano, que os
alunos aprendam as expectativas requeridas para sua série e enfim que nossa
escola ofereça uma educação de boa
qualidade para todos os alunos.
A
implantação do plano de intervenção é parte do nosso projeto político
pedagógico e já está sendo feita através do acompanhamento pedagógico nas
aulas, observação das rotinas e formação nas ATPCs.
Como
resultado positivo do curso colocaria a aproximação com a comunidade escolar,
transparência das atividades desenvolvidas e participação que cresceu ainda não é a esperada, temos
muito que melhorar pois os pais precisam aprender a falar e opinar mais mas
sentimos que estamos no caminho pois estamos participando a todos das ações
ocorridas nesta escola através do nosso Blog que se tornou um ótimo canal de
divulgação e informação.
Coloco
como negativo querer colocar em minhas reuniões com outros diretores a
importância da participação da comunidade, da gestão democrática e ser ainda
tão criticada nesta postura.
A
luta é árdua, temos também uma legislação a nosso favor pois na Resolução SE 52,
de 14-08-2013 temos o perfil requerido pela Secretaria Estadual de educação de
são Paulo, que entre as competências e habilidades requeridas para os
profissionais da educação diretor de escola diz:
DIRETOR DE ESCOLA 1. PERFIL Como dirigente e
coordenador do processo educativo no âmbito da escola, compete ao Diretor
promover ações direcionadas à coerência e consistência de um projeto
pedagógico centrado na formação integral dos alunos. Tendo como objetivo a
melhoria do desempenho da escola, cabe-lhe, mediante processos de pesquisa e
formação continuada em serviço, assegurar o desenvolvimento de competências
e habilidades dos profissionais que trabalham sob sua coordenação, nas diversas
dimensões da gestão escolar participativa: pedagógica, de pessoas, de recursos
físicos e financeiros, de resultados educacionais do ensino e aprendizagem.
Como dirigente da unidade escolar, cabe-lhe uma atuação orientada pela
concepção de gestão democrática e participativa, o que requer compreensão do
contexto em que a educação é construída e a promoção de ações no sentido de
assegurar o direito à educação para todos os alunos e expressar uma
visão articuladora e integradora dos vários setores: pedagógico, curricular,
administrativo, de serviços, das relações com a comunidade. Compete, portanto,
ao Diretor de Escola uma atuação com vistas à superação de condições adversas
ao desenvolvimento de uma educação de qualidade, ou seja, centrada na
organização e desenvolvimento de ensino que promova a aprendizagem
significativa à formação do aluno: pessoal, social e para o mundo do trabalho.
Bem,
este parágrafo, veio sintetizar tudo que vimos durante este curso de formação,
assim sendo a formação obtida foi muito positiva pois nas disciplinas de
oficinas tecnológicas, fundamentos do direito a educação, políticas e gestão na
educação, planejamento e práticas na gestão escolar e tópicos especiais tivemos
a oportunidade de refletirmos através
dos textos a nossa prática e como melhorá-la.
O
foco sempre foi o Projeto político pedagógico e em uma das discussões tive a
chance de colocar que quando ele começou a ser exigido na década de 90 eu era
professora desta mesma escola onde hoje sou gestora e o diretor pediu que eu
o escrevesse sozinha e eu fiz um
apanhado de tudo somente para cumprir a legislação e entregamos e hoje em 2015
quase 20 anos se passaram para somente agora começarmos a entender que este
documento não deve ser algo feito e engavetado
que ele traz a essência da escola, a identidade institucinal e deve ser
debatido e vivenciado com todos que dela fazem parte.
O prof. Vasco Moreto nos diz sobre o PPP: Dinâmico e
flexível, o projeto Político-pedagógico se realiza à medida que as pessoas
vivenciam o dia a dia da escola. Resultado de uma construção coletiva, o
projeto político pedagógico
expressa o compromisso social da escola na formação da cidadania e os princípios orientadores para as ações educativas no contexto escolar. As constantes mudanças sociais e culturais do nosso tempo exigem novas respostas à questão: que cidadão queremos ajudar a formar e para que tipo de sociedade? (https://www.youtube.com/watch?v=quQqZVR8v_g).
expressa o compromisso social da escola na formação da cidadania e os princípios orientadores para as ações educativas no contexto escolar. As constantes mudanças sociais e culturais do nosso tempo exigem novas respostas à questão: que cidadão queremos ajudar a formar e para que tipo de sociedade? (https://www.youtube.com/watch?v=quQqZVR8v_g).
Freitas (1991), também nos coloca que pensar num PPP não é
uma tarefa fácil, todos os membros da escola são co participantes, que a
proposta não deve vir pronta e imposta pelos órgãos centrais da administração
ela deve ser construída com o real.
As
novas formas têm que ser pensadas em um contexto de luta, de correlações de força
– às vezes favoráveis, às vezes desfavoráveis. Terão que nascer no próprio
"chão da escola", com apoio dos professores e pesquisadores. Não
poderão ser inventadas por alguém, longe da escola e da luta da escola. (Grifos
do autor) (Freitas 1991, p. 23)
A
Resolução SE 52/2013 ainda traz como perfil requerido aos diretores do estado
de São Paulo, relacionadas a construção do Projeto político Pedagógico:
COMPETÊNCIAS
e) Compreender a importância da construção coletiva da proposta pedagógica da
escola, com base na gestão participativa e democrática. HABILIDADES e.1)
Dialogar, com a comunidade interna e externa para promover articulação entre
ambas em favor da melhoria da qualidade da educação. e.2) Empreender ações de
planejamento, construção e avaliação da Proposta Pedagógica e ações da escola,
de forma participativa, com o envolvimento dos diferentes segmentos intra e
extraescolares. e.3) Definir, coletivamente, as prioridades e metas a serem
desenvolvidas a curto, médio e longo prazo. e.4) Desenvolver capacidades de
coordenar as equipes para o trabalho coletivo e estimular o desenvolvimento
profissional e a responsabilidade pelos processos educativos e resultados do
trabalho escolar. e.5) Coordenar e articular equipes, pessoas e recursos para a
elaboração, execução, acompanhamento e avaliação da proposta pedagógica da
escola. e.6) Apoiar e incrementar o desenvolvimento da proposta pedagógica da
escola que integre conhecimentos de nível institucional, organizacional,
operacional. e articulação de esforços direcionados aos objetivos da proposta
pedagógica da escola. e.8) Estimular parcerias, com vistas à otimização de
recursos disponíveis na comunidade. 2.2.1 Gestão Pedagógica a) Construir e
atuar, coletivamente, e na observância de diretrizes legais vigentes as normas
de gestão e de convivência com todos os segmentos da comunidade escolar.f) Analisar os indicadores para
subsidiar a tomada de decisões com vistas à melhoria da Proposta Pedagógica,
definição de prioridades e de metas articuladas à política educacional da
SEE-SP.
Enfim, este curso foi muito positivo mas só
será realmente válido se refletir sobre nossa prática dentro de nossas escolas
e no trabalho da busca pelo oferecimento de uma educação de qualidade para
todos, este deve ser o compromisso coletivo estabelecido.
Bibliografia
FREITAS Luiz
Carlos. "Organização do trabalho pedagógico". Palestra proferida no
V11 Seminário Internacional de Alfabetização e Educação. Novo Hamburgo, agosto
de 1991 (mimeo).
Realmente a escola Minervina está aberta a comunidade, penso que ainda não estão habituados a se manifestarem, mas está sendo progressiva a participação dos mesmos. Temos esperança, pois são muitos os nossos esforços, que a nossa escola possa progredir nas avaliações externas.
ResponderExcluirEstamos no caminho certo, Com boas parcerias envolvendo família, comunidade e profissionais comprometidos conseguiremos a formação integral do aluno.
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